Fibromialgia
Durante muito tempo mulheres que apresentavam dores
musculares difusas, depressão, dores de cabeça, insônia e cansaço
tinham grande chance de serem rotuladas de sofrerem de doença emocional. Hoje
sabe-se que existe uma doença chamada fibromialgia, cuja origem ainda se
discute, mas que sem sombra de dúvida não é coisa "da cabeça", e
muito menos emocional.
SINTOMAS DA FIBROMIALGIA
A
doença acomete preferencialmente mulheres entre 25 e 50 anos, e a maioria
absoluta apresente dores musculares. Essas dores costumam ser generalizadas,
embora possa começar numa região específica, como ombros ou nas costas, e daí
espalhar-se ou migrar para outras regiões.
A dor pode ter
várias características, podendo ser do tipo em peso, em espasmo ou mesmo arder,
e é característico nessas pessoas possuir áreas de sensibilidade aumentada em
certas regiões, na verdade são 18 áreas sendo que pelo menos 10 dessas são
muito sensíveis em quem sofre de fibromialgia.
SINTOMAS DA
FIBROMIALGIA
É muito comum em quem sofre de fibromialgia que
o sono não seja reparadador, que ao se acordar permaneça uma sensação de
cansaço. Na verdade, pela manhã, além do cansaço, há tendência a sentir os
músculos mais "duros" e muitas vezes com dores no corpo inteiro.
Exercícios físicos costumam melhorar um pouco,
assim como calor no local, e dependendo do clima (frio, calor, chuva, umidade,
etc) pode haver alteração para melhor ou pior.
O estado emocional também afeta, especialmente o
sentimento de tristeza e o estresse, e eventualmente o excesso de
barulho só fazem piorar o quadro.
O cansaço parece
vir com mais facilidade, em geral o suficiente para dificultar as atividades do
dia-a-dia. Dor de cabeça, especialmente a do tipo tensional (em aperto ou em
peso, como se fosse uma faixa ou uma "morça" ao redor da cabeça)
também são comuns, asssim como dores no abdome, inchaço ( distensão abdominal),
além de prisão de ventre e diarréia alternadamente.
Em resumo, os
sintomas principais da fibromialgia são:
1. Dor
generalizada, pelo corpo todo, que já dura no mínimo três meses.
2. Sono
inquieto, superficial e não-reparador. Mesmo com muitas horas de sono
o cansaço aparece logo pela manhã.
3. Fadiga
prolongada, um cansaço com falta de energia que aparece mesmo com
pequenas atividades físicas.
4. Transtornos
intestinais, especialmente prisão de ventre intercalada com algumas
diarréias, além de excesso de gazes intestinais.
5. Dormência
e formigamento nas mãos e pés, e também nos braços,
pernas e rosto.
6. Sentimentos
de tristeza e desesperança por longos períodos de tempo.
Irritabilidade por pequenos motivos.
7. Dores
de cabeça, em especial enxaqueca (dor pulsante, que piora com a luz e com
ruídos)
8. Sensação
de inchaço no corpo todo, inclusive nas articulações.
9. Musculatura
endurecida.
10. Mal
estar, irritação ou piora das dores com mudanças no ambiente,
como variações na temperatura, barulhos e ruídos, estresses emocionais.
NOSSA ABORDAGEM
ORTOMOLECULAR NA FIBROMIALGIA
A abordagem
se faz tanto com a correção dos fatores que levam ao desequilíbrio da química do
organismo, quanto o fornecimento das substâncias necessárias ao funcionamento
do corpo. Alguns exemplos mais marcantes:
1. Facilitação
do Funcionamento do Cérebro:
Não temos como modificar diretamente a estrutura do nosso cérebro. Mas temos como modificar indiretamente seu funcionamento.
Seu cérebro,
para dar origem ou gerenciar tudo aquilo que você pensa, sente ou faz, possui
algo em torno de cem bilhões de neurônios, sendo que cada neurônio pode se
comunicar com até mil outros neurônios.
Toda essa
comunicação, algo em torno de mil trilhões de possibilidades combinadas, é
realizada por substâncias químicas, os neurotransmissores.
O funcionamento
requer energia, e seu cérebro, embora com apenas dois por cento do seu peso
corporal, consome entre vinte a trinta por cento dos recursos energéticos
disponíveis.
O detalhe é que
ele não possui nenhum reserva, depende o tempo todo de um aporte periódico de
energia e nutrientes.
Vários
aminoácidos e vitaminas participam na formação das substâncias químicas que
estão envolvidas no funcionamento das áreas do cérebro responsáveis pelas
emoções, pelos pensamentos e pela memória. A administração correta dessas
substâncias naturais pode permitir ao cérebro corrigir seu funcionamento. Esse
aporte de substâncias benéficas é feito pela administração da própria
substância isolada (sob a forma de cápsulas ou injetaveis), e também pelo
aumento do consumo de alimentos chamados de "funcionais", por
conterem quantidade considerável da substância que se deseja aumentar.
Um exemplo dessa
abordagem: tanto a ansiedade quanto a depressão tem um mediador químico
cerebral envolvido no processo chamado serotonina. Vários antidepressivos são
capazes de aumentar a quantidade de serotonina do cérebro ao dificultar sua
volta na célula que a liberou, inibindo sua absorção (recaptação), mas ao custo
de muitos efeitos colaterais. Já certos aminoácidos podem aumentar a quantidade
da mesma serotonina ao aumentar sua produção, fornecendo em quantidades extras
a matéria prima para sua fabricação. O processo tem bem menos efeitos
colaterais e, ao contrário dos antidepressivos, não dá origem a sintomas de
abstinência (eufemisticamente chamado de "síndrome da
descontinuidade") quando é interrompido.
Outros
precursores de transmissores químicos cerebrais têm o mesmo princípio de
favorecer funções cerebrais, modulando, por exemplo, a irritabilidade, a
agressividade, a tristeza, a iniciativa e o prazer.
Todo esse
sistema também depende do "líquido” que permeia as células, a matriz
extracelular. Se essa matriz estiver "limpa”, o terreno facilita o
funcionamento das células. Se essa matriz estiver "suja”, com dejetos
tóxicos, o funcionamento fica prejudicado. Por isso, um dos grandes objetivos
em nossa clínica é, além de nutrir adequadamente o cérebro com as substâncias
apropriadas, promover a retirada de conteúdos tóxicos.
2.
Correção das funções gastro-intestinais.
Nosso sistema
digestivo está envolvido em algo em torno de 80 % da nossa capacidade
imunológica, além de ter influência no nosso estado emocional. A conexão entre
nosso sistema digestivo e nossos pensamentos e emoções pode ser resumida assim.
O intestino tem, entre outras funções, a capacidade de selecionar o que deve e
o que não deve ser absorvido. Essa seleção, na prática, ocorre nas vilosidades
intestinais, que com freqüência são lesadas por várias medicações (como
anticoncepcionais, antiinflamatórios, corticóides e antibióticos administrados
por longos períodos de tempo), além do tipo de alimento modificado que
ingerimos comumente.
Como resultado, ocorre um aumento da permeabilidade das vilosidades intestinais que acaba permitindo a passagem de toxinas fabricadas por parte das bactérias que habitam nosso intestino. Esse aumento de permeabilidade também permite a passagem de metais pesados e de partículas alimentares em tamanho irregular, sendo que muitas delas têm o potencial de se fixar no cérebro e alterar seu funcionamento.
Além disso,
ocorre uma alteração no equilíbrio entre as bactérias "boas" (que
entre outras qualidades fabricam vitaminas do complexo B e a vitamina K), que
passam a perder terreno para bactérias nocivas. As conseqüências dessa mudança
na flora intestinal são muitas, mas para dar um exemplo interessante, considere
que algumas bactérias nocivas se alimentam de açúcar, e têm como estratégia de
sobrevivência inibir a serotonina do cérebro. Assim, ela consegue mudar nossas
emoções no sentido de que passamos a ingerir mais açúcar, o alimento que ela
tanto deseja.
O diagnóstico é
realizado com exames laboratoriais, e a correção com mudança dos hábitos
alimentares, além de antioxidantes que agem nas paredes do intestino e ingestão
de bactérias "boas" para competir com as nocivas.
3.
Correção do estado inflamatório.
Não importa se um acontecimento estressante tiver origem psicológica, vir de um traumatismo físico ou de uma infecção. Qualquer que seja a origem, as mesmas reações químicas acontecem no organismo. Essas reações têm em comum um estado inflamatório inespecífico, que na verdade é uma tentativa bastante primitiva do organismo restringir os danos. Como o maior risco dos nossos ancestrais era o do contágio por micróbios, nosso organismo ainda reage da mesma maneira que foi tão útil aos nossos antepassados: ele promove uma reação inflamatória, o que inclui um conjunto de alterações que tem por objetivo reduzir a quantidade de nutrientes que os microorganismos necessitam.
O diagnóstico é feito por exame de laboratório simples, que a maioria dos laboratórios faz sem dificuldades e tem cobertura pelos convênios, Já para a correção, utilizamos substâncias naturais que têm a capacidade de reduzir o estado inflamatório sem os efeitos colaterais dos antiinflamatórios químicos.
4. Mudança nos
hábitos de vida
O que inclui
incentivo e orientação para atividade física, hábitos regulares de
sono, alimentação balanceada, meditação, técnicas de relaxamento, entre outras
medidas.
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Veja também a Filosofia de Tratamento que
adotamos.
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