'SENHOR FAZEI DE MIM UM ISTRUMENTO DE VOSSA PAZ"

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domingo, 26 de maio de 2013

Como tingir roupas em casa?

Quem já pintou o cabelo sabe que o resultado depende de muitos fatores, sobretudo da cor do seu cabelo original, do tipo de tinta utilizado e do tipo de fio que você tem. Alguns cabelos são praticamente canudinhos de sugar tinta e permanecem com a dita cuja por séculos, outros agem como se o assunto não fosse com eles.
Com roupa é quase a mesma coisa. Quem quer tingir uma peça sem prejudicar a qualidade dela tem que ficar atendo a esses três fatores: tecido, cor e tinta. Assim como no caso dos cabelos, a base ideal para tintas é um fio claro, grosso e com escamas abertas e a cor ideal é bem escura.
Traduzindo para roupas, a peça mais fácil de tingir sempre será aquela que é toda branca, feita apenas de algodão e que você quer pintar de preto.
A gente conversou com alguns professores e alunos da Faculdade Santa Marcelina e reunimos dicas de como tingir tecidos. Vamos ensinar tudo que você precisa saber sobre os tipos de tecido, cores (da tinta e da roupa) e dois métodos caseiros para salvar aquela peça linda que manchou na lavagem!
Tanto a tinta Guarany quanto a Acrilex são vendidas em armarinhos, casas de artesanato e papelarias. Facinho, né?
Vamos começar explicando o que você precisa observar antes de tingir:
Tipo de tecido:
Os tecidos são divididos em três graus de dificuldade em relação ao tingimento:
Fácil: Tecidos de algodão ou 100% naturais são os mais propícios para tingimento.
Difícil: Tecidos de composição mista podem ou não responder bem ao tingimento.
Grandes chances de dar zebra: Tecidos sintéticos têm grandes chances de zicar o processo e da peça se perder, por isso, pense bem antes de tentar.
Cor do tecido:
Brancos: Tecidos brancos ou em tons claros normalmente alcançam a cor do corante. Sabe quando você compra uma tinta de cabelo e olha a cor da embalagem? Pois então, aquela cor só será atingida pelo cabelo muito claro ou descolorido. Se o seu cabelo já tem uma cor forte, terá que pensar na combinação dos dois tons.
Estampados: Nem adianta tentar transformar um tecido estampado em liso através da coloração. Os estampados só são tingindos na área do tecido que não tem estampa, já que a estampa é como se fosse uma impressão feita pro cima das fibras, imune à tinta.
Coloridos: Tecidos coloridos podem ser tingidos, mas a cor desejada deve ser mais escura que a cor original. O resultado será uma soma da cor original com a cor da tinta. Por exemplo, se você tem uma camiseta amarela e resolve pintar de azul, o resultado será um verde.
Cor da tinta: Quanto mais escura uma cor, mais fácil da tinta pegar no tecido e o resultado ficar legal. Sendo assim, a tinta mais universal é a preta.
Agora que você decidiu realmente tingir a peça, observou o material dela e já escolheu a cor, vamos ensinar os dois métodos caseiros mais legais. Antes de usar qualquer um deles, é necessário que o tecido esteja limpo, sem botões, fivelas e acessórios presos.
Métodos de tingimento caseiro:
Método quente: O método quente utiliza tinta Guarany e um panelão onde você vai esquentar bastante a água misturada com o corante e afogar sem dó a peça lá dentro. Os tons da Guarany não trabalham com meio termo. O verde é tipo uma invasão alienígena, o amarelo é tipo uma febre amarela. Se quiser um tom mais claro, pode colocar menos corante, mas o tempo de fervura (recomendado no rótulo do produto) deve ser o mesmo.
todo frio: O método frio utiliza tinta para tecido Acrilex diluída em água. Coloque um pouquinho de água e de tinta em um balde e vá elimiando todos os gominhos de tinta. Coloque mais tinta e mais água até ficar do tom que você quer. Depois, mergulhe o tecido dentro do líquido e deixe por alguns minutos, para que a fibra possa absorver bem a tinta. Passados os minutos, pendure o tecido no varal pelas extremidades e espere secar. Lembre de pendurar pelo avesso, para não marcar nada. A tinta Acrilex também possibilita a mistura de cores, então, pode criar seus próprios tons!

domingo, 5 de maio de 2013



                                     ESQUIZOFRENIA X TRANSTORNO BIPOLAR


                                                              

As descrições da esquizofrenia e do transtorno bipolar (TBH) enquanto doenças mentais datam da mesma época. No final do século XIX, o psiquiatra alemão Emil Kraepelin observou que pacientes até então tratados sob a mesma condição tinham sintomas e evoluções diferentes, permitindo que fossem separados em dois grupos. O primeiro ele chamou de doença maníaco-depressiva (atualmente chamada de transtorno bipolar) e o outro de demência precoce (depois denominada por Bleuler de esquizofrenia). Para Kraepelin, a diferença fundamental entre os dois diagnósticos era que os pacientes com TBH apresentavam uma melhor evolução, com a remissão total dos sintomas e a retomada de suas atividades entre as crises, enquanto que esquizofrênicos mantinham sintomas residuais mesmo nos intervalos das crises, caracterizados principalmente por sintomas negativos, como a perda do interesse, a desmotivação, a apatia e as dificuldades de socialização e relacionamento. Esta diferença era mais marcante naquela época, em que tratamentos medicamentosos ainda não estavam disponíveis.Com o advento do lítio e dos primeiros antipsicóticos na década de 50, a distância entre o TBH e a esquizofrenia diminuiu substancialmente, a ponto de casos de TBH serem confundidos com esquizofrenia e vice-versa. A resposta à medicação passou a influenciar o diagnóstico, com uma tendência a diagnosticar como bipolares aqueles pacientes que melhor respondessem e que se recuperassem com o tratamento.A crise aguda do bipolar pode ser semelhante ao surto psicótico de um esquizofrênico, principalmente se também ocorrerem delírios e alucinações, sendo difícil a diferenciação de ambos os diagnósticos nesta fase, o que se torna mais fácil após o período de crise. O bipolar costuma ter uma recuperação melhor e voltar às suas atividades de vida mais rapidamente do  os episódios mistos (mistura de características depressivas com exaltação do humor), enquanto que na esquizofrenia, apesar das alterações de humor, o fio condutor continua sendo as alterações do pensamento e da percepção.que o esquizofrênico, além de não apresentar os sintomas negativos característicos deste último. Os sintomas cognitivos também são menos impactantes no bipolar do que no esquizofrênico.Embora sintomas de humor, como depressão, euforia, exaltação, raiva e irritabilidade sejam comuns na esquizofrenia, eles são a alteração fundamental do TBH. São as variações do humor que provocam as crises de depressão ou mania e que explicam os principais problemas de comportamento, os delírios e as alucinações dos pacientes bipolares, enquanto o humor, apesar de influenciar o comportamento do esquizofrênico, não é o causador dos principais sintomas da esquizofrenia. Isto fica mais evidente ao final da crise, quando bipolares melhoram dos sintomas com a estabilização do humor e esquizofrênicos permanecem com delírios, alucinações e sintomas negativos, apesar do humor aparentemente melhor.No TBH, portanto, ocorrem episódios mais claros de humor, como a depressão, a mania (euforia) ouMas as coincidências entre o TBH e a esquizofrenia não param por aí. Estudos genéticos têm demonstrado que as duas doenças podem ter uma origem comum. Alguns genes de predisposição à esquizofrenia também estão envolvidos na causa do TBH. Já se sabe, há algum tempo, que o TBH é mais comum em familiares de esquizofrênicos. Existiria então uma ligação biológica entre os dois diagnósticos? Estaríamos falando de duas expressões diferentes de uma mesma doença? Os pesquisadores ainda não conseguiram responder a essas questões, mas é possível que haja uma ligação causal comum, com modelos de predisposição semelhantes. Mas as diferenças clínicas e prognósticas (de evolução) são significativas para mantê-los como dois diagnósticos distintos.Um terceiro diagnóstico, um pouco controverso entre os psiquiatras, aponta para outro transtorno, com características da esquizofrenia e episódios de humor semelhantes ao TBH, como se houvesse uma sobreposição das duas doenças. Estamos falando do transtorno esquizoafetivo, considerado por muitos pesquisadores como parte de um espectro das doenças psicóticas (espectro esquizofrênico), mas que pode representar um continuum entre dois pólos diagnósticos, a esquizofrenia e o TBH. O esquizoafetivo tem um prognóstico melhor do que o esquizofrênico, com menos sintomas negativos, porém pior do que o bipolar. Contudo, na prática, vemos que as possibilidades de recuperação são muito variáveis, independentes do diagnóstico e muito mais pautadas nas qualidades individuais e no ambiente sócio-familiar.Recentemente antipsicóticos de segunda geração, medicações até então específicas para a esquizofrenia, ganharam aprovação para o uso também em pacientes bipolares. As alterações neuroquímicas da esquizofrenia, como o aumento da dopamina e a desregulação da serotonina e do glutamato, também acontecem no TBH. Mas estabilizadores de humor, como o lítio, o ácido valpróico e a carbamazepina, por exemplo, que são eficazes no TBH, não possuem isoladamente efeito na esquizofrenia. Portanto, ainda há muito a ser pesquisado e descoberto nesta área.